O RETORNO DO CATIVEIRO

03/11/2010 10:36

Fonte: Esdras, Neemias, Ester e Daniel

Data: 538 – 433 a.C.

Esboço:     Fatores que contrituíram para o retorno

                As fases sobre Zorobabel, Esdras e Neemias

                As condições dos judeus pós-exílio

 

Comentário:

·        Sem dúvida alguma a queda da Babilônia e o domínio do reino persa foi o acontecimento decisivo no regresso dos judeus à palestina. Pouco se sabe a respeito dos conquistadores persas Ciro e Dario terem tido algum contato com a religião dos judeus. As Escrituras trazem o nome destes homens em Isaias 44:28-45:3, e Daniel 5:31. Surpresos talves por verem seus nomes num documento tão antigo, convenceram-se da grandeza de Deus, do seu poder e domínio, e decretaram a liberdade dos cativos, ordenando que os que desejassem voltar tivessem toda a ajuda material e moral que fosse necessária para a reconstrução do Templo e da Cidade Santa. O mundo viu uma revolução política jamais observada nos séculos anteriores. Enquanto todos os conquistadores primavam pela submissão e destruição dos povos vencidos, desterrando-os para outras terras. Ciro mandava de volta à sua terra os povos antes conquistados.

 

·        O retorno a terra prometida ocorreu em três fases, compreendendo os judeus de Judá, as dez tribos do norte se dispersaram, sendo mais tarde conhecidos como os judeus, da dáspora ou dispersão. O primeiro retorno deu-se em 536 a.C., dois anos depois da ascensão de Ciro. Sob a liderança de Zorobabel, 42.360 judeus voltaram para a sua terra. A tarefa de Zorobabel era conduzir os exilados a lançar os fundamentos do novo templo, que levou vinte anos para ser concluido. A demora pode ser atribuída aos samaritanos, que tiverem recusado o pedido de ajudar na construção do templo, tecendo assim toda sorte de intrigas e dificuldades para que  a construção não tivesse êxito. Passados oitenta anos desde a subida de Zorobabel, Esdras que era sacerdote e hábil escriba da lei, faz a Segunda incursão, levando consigo a tarefa de estabelecer as novas bases do judaismo, reforçando o princípio de obediência a Lei de Deus, haja visto que a situação dos irmãos de Jerusalém não era nada boa. O terceiro e último regresso deu-se com Neemias, que, desfrutando de prestígio na corte de Artaxerxes, conseguiu permissão e ajuda para subir a Jerusalém, construir os seus muros e tomar outras providências que a situação requeria, no intuito de assegurar a independencia, no presente e futuro da Cidade Santa.

 

·        Depois do exílio o povo judeu nunca mais foi o mesmo. Parece que o exílio foi o remédio certo para combater o politeísmo e a idolatria. O culto no templo passou a dividir espaço com as reuniões nas sinagogas, surgindo uma nova forma de culto voltado para o estudo das Escrituras. Este segundo judaísmo era bem mais forte e religioso, dado o maior grau de conhecimento da Lei entre o povo. É a partir daqui que os judeus passam a serem conhecidos como “o povo do Livro”.