Bebida Alcoólica. Será que me convém?

17/12/2010 14:08

 

O cristão é uma pessoa dotada de liberdade, porque alcançou a salvação e a liberdade do cristão é incompatível com qualquer vício, vez que o vício escraviza o homem. Por isso, o cristão sincero e verdadeiro não se deixa dominar por qualquer vício.

Na história da humanidade, o homem sem Deus, imerso no pecado, é cegado pelo deus deste século (II Co.4:4) e, assim, não vê a realidade da vida. Em conseqüência disto, deixa-se dominar por coisas banais e por ilusões. Surgem daí os vícios que têm perpassado a história humana, sendo um eficaz instrumento para a destruição de preciosas vidas. Por isso, vemos que o vício é uma arma satânica, pois dele é o trabalho para roubar, matar e destruir as pessoas (Jo.10:10). Não nos deixemos, pois, enganar com eles !

Vício, dizem os dicionaristas, é " 1 Defeito físico ou moral; deformidade, imperfeição. 2 Defeito que torna uma coisa ou um ato impróprios, inoperantes ou inaptos para o fim a que se destinam, ou para o efeito que devem produzir. 3 Falta, defeito, erro, imperfeição grave, viciação, viciamento. 4 Disposição ou tendência habitual para o mal. 5 Hábito de proceder mal; ação indecorosa que se pratica por hábito. 6 Costumeira. 7 Costume condenável ou censurável. 8 Degenerescência moral ou psíquica do indivíduo que, habitualmente, procede contra os bons costumes, tornando-se elemento pernicioso ao meio social, ou com este incompatível" (DICMAX Michaelis).

Ora, bem se vê, por estes oito significados, que um crente não pode ter vícios, pois é filho de Deus, que anda segundo o Espírito (Rm.8:1), que caminha para a perfeição (Ef.4:12,13), que não pratica o mal, mas o bem (II Co.13:7), que não se deixa dominar por coisa alguma (I Co.6:12), que está liberto por Jesus Cristo (Jo.8:31-36).

 

I. O ALCOOLISMO À LUZ DA BÍBLIA

 

O primeiro vício que se apresenta na história humana, e as próprias Escrituras o registram, é o vício do alcoolismo, ou seja, a dominação do álcool sobre o homem. O primeiro registro de embriaguez nas Escrituras encontra-se no livro do Gênesis, quando Noé se embriagou ao tomar do suco da vinha que havia plantado (Gn.9:20,21). Esta embriaguez trouxe vergonha para o patriarca, bem como dissensão familiar (Gn.9:22-27).

A Bíblia condena a embriaguez e o alcoolismo com veemência. Várias são as passagens em que se condena o consumo do álcool, que não traz qualquer benefício ao organismo humano, que é templo do Espírito Santo(Pv.20:1; 23:29-35; 31:4-7; Is.5:11,12; Ef.5:18; I Tm.3:3). Verdade é que o organismo humano necessita de certa quantidade de álcool, mas esta quantidade vem através de alimentos e não da ingestão de bebidas alcoólicas. Não existe o que se denomina de "beber social", pois, como afirmam os próprios Alcoólicos Anônimos, a única forma de se libertar deste vício é jamais tomar o primeiro gole e é nesta abstenção total que está a essência da recuperação do alcoólatra. Ora, se os entendidos no assunto dizem isto, como poderemos afirmar que é possível ao cristão "beber socialmente" ?

 

II. POSICIONAMENTO CRISTÃO

 

De qualquer modo, o episódio ocorrido na vida de Noé mostra, claramente, que a embriaguez é um fator de desagregação social, é um importante instrumento para destruição da dignidade, da moral e da família. Noé, apesar de ser um homem que achou graça diante de Deus, de ser o patriarca da humanidade que recomeçava sua caminhada, perdeu a vergonha, sua dignidade e sua autoridade perante sua família por causa da embriaguez. O alcoolismo é uma verdadeira desgraça, pois retira do homem estes predicados que são essenciais para a sua sobrevivência. As estatísticas mostram, claramente, que o álcool é o principal fator da violência na sociedade, a principal causa de destruição das famílias, de ruína sócio-econômica, não só do indivíduo, mas, também, da família e da sociedade. Como se trata de uma droga cujo comércio, por interesses poderosos, é livremente permitido e até incentivado (observe como o mundo jaz no maligno: uma dose de pinga sempre foi mais barata do que um pãozinho), seus efeitos deletérios são cada vez mais freqüentes. Hoje em dia, segundo algumas estatísticas no Brasil, a iniciação no alcoolismo se dá por volta dos quatorze, treze anos de idade e tudo feito impunemente, com o beneplácito das autoridades.

O alcoolismo é considerado hoje uma doença e, como tal, é tratado pelos organismos internacionais. Existem vários movimentos que buscam recuperar os alcoólatras, tendo destaque os Alcoólicos Anônimos que, embora sejam uma organização não religiosa, têm em sua doutrina de recuperação o princípio segundo o qual não é possível a libertação do vício a não ser mediante a crença em um Ser Superior. Mais uma vez vemos o conceito de que só Deus pode libertar o homem do vício